CICLO CINEMA E PSICANÁLISE: RACISMO

Todo mês, a Cinemateca Brasileira, a Folha de São Paulo e a Sociedade Brasileira de Psicanálise (SBPSP) realizam sessões comentadas por psicanalistas e especialistas sobre o tema racismo. São exibidos filmes brasileiros e estrangeiros, de diferentes períodos e estilos, de modo a fomentar a formação de público cinematográfico e dar a devida importância a esse debate. A terceira sessão do ciclo conta, também, com a parceria da FILMICCA, streaming brasileiro de cinema de arte mundial.

A iniciativa está ligada ao Projeto Virgínia Bicudo da SBPSP, que se dedica a pensar ações afirmativas junto a pessoas negras, indígenas e refugiados, visando a formação de psicanalistas. Virgínia Bicudo (1910-2003) foi socióloga e psicanalista negra, pioneira nos estudos sobre racismo no Brasil.

A Folha foi o primeiro veículo de mídia no país a criar uma editoria de diversidade.

No dia 10 de julho, às 19h30, a Cinemateca exibe O camaleão, vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Sundance de 1990, a obra reconta a história improvável, mas verdadeira, de Douglas Street, o “camaleão” do título que personificou com sucesso seu caminho até o topo da escada socioeconômica posando como repórter de revista, estudante da Ivy League, cirurgião respeitado e advogado corporativo. Uma obra muito relevante, elevada por um desempenho hábil e direção ousada do ator, escritor e diretor Wendell B. Harris Jr., o filme coloca uma lente sobre questões raciais, de classe e a identidade americana. Ao mesmo tempo profundamente engraçada e esteticamente travessa, “O Camaleão” é uma “obra-prima perdida do cinema negro americano” (BFI) há muito tempo para ocupar seu lugar de direito no cânone do cinema independente.

A sessão será seguida de debate com Maria José Tavares Barbosa Irmã, Cristiane Mota Takata e Nadine Nascimento. O debate será transmitido ao vivo no canal do YouTube da Cinemateca Brasileira.

A programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes das sessões.