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A Cinemateca Brasileira será palco no mês de julho da exposição Sobre Nós – 60 anos de resistência democrática no Brasil, organizada pelo Instituto Vladimir Herzog, de 2 a 22 de julho de 2024, com visitação todos os dias, das 10h às 18h. A mostra celebra os 15 anos de atuação da entidade contando a trajetória da luta por justiça e democracia no País, de 1964 aos dias atuais. A curadoria é de Luis Ludmer, Lorrane Rodrigues, Flora Matheusa e Laura Faerman.

A exposição conduzirá os visitantes a uma viagem pela história recente do Brasil, passando pelas jornadas de junho de 2013, a Comissão Nacional da Verdade e suas recomendações, a ocupação de escolas por alunos secundaristas em 2015, destacando também a  coragem e a resiliência daqueles que resistiram ao regime militar e defenderam os direitos civis nos últimos 60 anos. Entre os destaques estão periódicos da imprensa de resistência ao regime militar, documentos que ilustram o enfrentamento de jornalistas e artistas à censura e manifestações artísticas e culturais na defesa dos direitos civis. Serão expostas bandeiras de movimentos sociais, trecho de obras videográficas, como a do diretor Eduardo Escorel, que exibe o cortejo e morte do secundarista Edson Luís, um símbolo da truculência militar no ano de 1968.

Com espaço especial dedicado ao cinema, a programação também exibirá, de 11 a 14 de julho, a mostra “É preciso estar atento”, com quatro  filmes que dialogam diretamente com as histórias contadas pelas obras. Serão exibidos 3 filmes documentários e 1 filme de ficção que abordam temas de resistência, como “Domingo no Golpe”, de Gisele Beiguelman e Lucas Bambozzi, sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, “Torre das Donzelas”, de Susanna Lira sobre mulheres prisioneiras políticas na ditadura militar, “Memória Sufocada”, longa metragem dirigido por Gabriel Di Giacomo e “Espero tua (Re)Volta”, de Eliza Capai. As sessões serão seguidas de debate com presença dos diretores dos filmes e especialistas convidados.

A escolha da Cinemateca para abrigar a exposição não foi casual. Além de ser um símbolo da preservação da memória cultural e cinematográfica do País, a Cinemateca possui uma forte ligação com a história do Instituto Vladimir Herzog. Foi ali que, há 15 anos, foi realizado o evento de fundação da entidade. Herzog já havia se aproximado da Cinemateca, no início da década de 1960, onde colaborou com figuras como Rudá de Andrade, Paulo Emílio Salles Gomes e Jean-Claude Bernardet, contribuindo para a difusão cinematográfica por meio de cineclubes, mostras e cursos. Em 1962, como resultado do curso de cinema ministrado pelo documentarista sueco Arne Sucksdorf, no Rio de Janeiro, realizou “Marimbás”, filme no estilo do Cinema Verde sobre um grupo de pessoas que viviam das sobras de pescas em Copacabana.

A exposição é patrocinada pelo Itaú, através da Lei de Incentivo à Cultura, com realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal e apoio institucional da OAK Foundation.

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